10/03/18 SÁBADO

by - março 10, 2018

10h00 - Acordei espontaneamente até que bem descansada, mas resolvi dormir mais um pouco porque sabia que ontem tinha exagerado. Por algum motivo, tenho certeza que tive aqueles sonhos estranhos (que antes achava serem alucinações) essa noite.

12h00 - Levantei da cama de verdade, me arrumei, almocei (arroz, frango com farofa e alface), etc. Eu e o A. trocamos mensagens de bom dia/boa tarde como sempre e ele me contou que hoje vai ao cinema com a outra menina que ele fica.
(Aliás, esqueci de contar no post de ontem que tive uma conversa com o P. Contarei mais adiante nesse post).

13h45 - 19h00 - Estágio. Hoje aconteceu algo muito legal pelo qual eu estava esperando ansiosa: recebemos a visita da Marcela, aquela educadora foda que nos treinou e que eu amei e me ensinou, junto com o Bruno, coisas incríveis. Tipo, ela é uma mulher incrível, ela vive numa comumidade autossustentável só de mulheres, é marceneira e está esperando filhos gêmeos com a esposa. E nem é por causa dessas coisas que eu acho ela super incrível.


Essa de camiseta colorida é a Marcela. Na foto combinamos de fazer careta, mas eu não ouvi as instruções direito.


Também tiramos essa foto hoje pra mandar pro Ben.

Acabou que a reunião com ela foi mais rápida do que eu imaginava (na real eu sabia que ia ser rápida, é que eu QUERIA que fosse mais longa), mas fiquei feliz com isso. Depois o dia foi bem parado e senti que demorou pra passar. Mas agora comecei a levar meu livro pra ler (A Força das Coisas ainda) e gostei de ter adiantado a leitura). Hoje conversei bastante com nossa supervisora. Eu sinto que ela gosta bastante de mim e apesar de sermos bem diferentes e não me identificar muito, percebi que gosto dela também. 

Na hora do meu intervalo uma moça da segurança lá da comedoria também puxou assunto comigo. "A menina mais séria da exposição", ela disse, pra logo depois completar "Tudo bem, eu também sou mais na minha". Achei engraçado o fato dela ter uma opinião formada sobre mim (que é a primeira impressão que todo mundo tem de mim, aliás, antes de me confessar que me percebeu errado).

Pouco antes de eu ir embora, o T. me contatou. Foi uma conversa rápida, ele queria atenção e eu não podia dar, pois estava no estágio. Ele fez um comentário esquerdomachista (rs) sobre minhas colegas e não me respondeu mais.

19h30 - Voltei pra casa e logo em seguida eu e minha mãe saímos pro churrasco de aniversário de 88 anos do meu tio. No meio do caminho me veio o pensamento "sempre que eu vou na minha prima, fico mal". Enquanto estava lá correu tudo bem e não me chateei com nada, mas quando voltei pra casa realmente comecei a me sentir mal.

00h30 - Cheguei em casa, fiz minhas coisas e já vim pro meu quarto. Eu estava me sentindo estufada e mal em relação ao meu corpo. Também percebi estar me sentindo chateada em relação ao P. e até com o fato de não ter a "conversa de despedida" que tenho todos os dias com o A. por ele estar com outra menina (isso nunca me incomodou antes). E tudo isso tem a ver com eu estar mal com meu corpo de novo.

O P. é o outro cara com quem eu saía logo que conheci o A. Eles são bem diferentes um do outro e eu sempre achei que o P. não fazia tanto meu tipo, que nunca me apaixonaria por ele, mas que seríamos bons amigos.
Bom, eu comecei a me apaixonar pelo P. Sinto que foi pela forma bem carinhosa com que ele me tratava, coisa rara nos caras com quem costumo me envolver. E eu sempre achei que o P. fosse gostar de mim primeiro e ser meio que meu porto seguro, como o A. está sendo agora.
Mas o P. começou a se incomodar com esse início de relação aberta (ele sempre deixou claro que não curtia). Começou a se distanciar e eu, a deduzir os motivos e ficar paranóica. Até que um dia fico sabendo pelo instagram que ele voltou com uma menina que ele ama. Ele não me comunicou nada, então só engoli e "desencanei".
Mas acabou que ontem enviei uma mensagem pra ele. Conversamos e ele me contou que tava namorando. Acabei falando que preferia que ele tivesse me dito que era por isso que estava se afastando. Ele assumiu que foi mancada e se desculpou, mas também deixou claro que pra ele o que a gente tinha era "casual", por isso não disse nada. Eu só respondi com um "tudo bem, tá desculpado" quando senti que era sincero.
Mas no fundo fiquei mesmo magoada. Eu não queria admitir. Porque não é sobre ele ter me trocado por outra menina, mas pela forma como ele agiu como se o que eu sinto não tivesse a menor importância. Como se eu tivesse sido só uma coisa pra ocupar um lugar enquanto algo melhor não vinha. Teria doído menos se fosse a primeira vez, o problema maior é que muito recentemente passei pelo mesmo tipo de situação 2 vezes seguidas. E uma dessas vezes foi com o T. (por quem eu estava perdidamente apaixonada, com o P. foi mais um iniciozinho só) e eu contei pro P. sobre como isso me machucou, mas mesmo saber não foi o bastante pro meu sentimento ter algum valor.
E aí fica difícil eu não pensar que se eu fosse magrinha e bonita igual essas meninas com quem eles namoram agora as coisas não teriam sido diferente. Meus sentimentos teriam tido mais valor, assim como minha existência etc. Pensei até que talvez o A. não sentisse necessidade de manter o relacionamento aberto (que é uma coisa que eu curto, na verdade).
Ah, e depois disso tudo ainda senti raiva do T. Pela forma como ele não sente empatia por mim e todo o resto. Cogitei até mandar ele pra pqp, mas acabou que passou.

Enfim, vários sentimentos de rejeição e inadequação e percepções sobre minha baixa autoestima. Mas a tristeza maior durou pouco, não me consumiu e agora estou aqui apenas refletindo. Hoje foi um dia bom.

Um desejo pra amanhã: lembrar de como me sinto mal ao fazer coisas que na hora parecem inocentes, mesmo sabendo que me fazem mal.

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