14/05/18 SEGUNDA
Foto de um prato de carne com shoyu e shimeji que fiz muito tempo atrás pra me lembrar que eu tenho capacidade de cozinhar também.
Hoje está sendo uma segunda-feira que não parece uma segunda-feira de jeito nenhum.
8h00 - 9h50: Aula de psicologia jurídica sobre violência contra a mulher. Foi interessante, costumo gostar do posicionamento enfático sobre direitos humanos que essa professora dá, mesmo achando rude. Acho importante que seja transmitido dessa forma para algumas pessoas da sala entenderem melhor. Aprendi coisas que não sabia sobre a Lei Maria da Penha, principalmente sobre se referir apenas a violência doméstica (incluindo aí outras relações afetivas íntimas, mesmo que extraconjugais).
10h00 - 11h00: Aula de psicologia fenomenológica. Não gosto nada da metodologia dessa professora. Ela senta à mesa e começa a ler o texto da aula, como se fosse a primeira vez dela lendo aquele texto, e nisso vai sugerindo os grifos e fazendo alguns poucos comentários. Mas já aceitei que a importância dessa matéria para a gente é o básico, que é o fornecimento de bibliografia.
Saímos um pouco antes da aula terminar para nos prepararmos para o estágio.
11h30 - 12h00: Almocei com as meninas do meu grupo perto da faculdade e depois fomos para o hospital.
13h00 - 17h00: Estágio. Não sei se foi porque era a nossa última visita do semestre, ou se minha familiaridade com o hospital aumentou por conta do grupo de estudos que acontece lá, mas eu me senti especialmente tranquila estando lá. Senti essa diferença logo que cheguei para o estágio e fiquei um tempo esperando as meninas no pátio. No dia de hoje conhecemos a área de TO do hospital, além dos outros procedimentos que sempre realizamos, gostei bastante da experiência. Lembro como eu tinha detestado os dois psicólogos responsáveis na primeira vez que os conheci e agora gosto bastante de ambos.
Esse meu contato com o hospital e especialmente com os pacientes psicóticos tem me feito refletir muito sobre essa minha tendência a desconfiar da minha capacidade, beirando uma crença de que não consigo cuidar de mim e me virar sozinha, mesmo tendo várias evidências que provam o contrário. Venho trabalhando muito isso na terapia, além do meu apego com a minha mãe.
17h30 - 18h00: Dei carona para uma amiga até a rodoviária, mas eu fui meio anta. Eu sabia que minha casa era perto do hospital e que de lá era mais fácil ir até a rodoviária, mas por insegurança resolvi colocar o endereço no GPS para garantir. O GPS não estava localizando o terminal, então coloquei o nome de um clube que fica lá perto. Eu só não sabia que o celular estava me levando para o clube de campo e não para a sede... Só que eu percebi o erro antes de ser tarde demais e pude mudar o trajeto sem atrasar tanto a vida da minha colega, risos. Sinto que quando eu tiver uns 40 anos eu vou saber me localizar tão bem em Rio Preto quanto minha mãe.
18h30 - 20h00: Jantei e fiquei dando uma enrolada no sofá, até que me deu uma vontade muito grande de tirar um cochilo. Eu gosto muito de dormir no sofá da sala, mas é muito raro eu fazer isso, então busquei meu cobertor no quarto e assim o fiz.
20h00 - 21h00: Acordei me sentindo mal, como sempre acontece quando eu durmo no fim da tarde, mas vai explicar isso para a Beatriz do passado. Para me sentir um pouco melhor e mais útil, lavei a louça e já dei o remédio dos meus cachorros.
21h00 - 23h00: Joguei mais um pouco de Danganronpa, comentei com o Andy, troquei uns áudios com o A. respondendo umas dúvidas dele sobre hospitais psiquiátricos e até que me senti um pouco melhor. Quando parei de me distrair, voltei a pensar no que está me preocupando e resolvi consertar uma coisa que tinha esquecido de colocar no trabalho que vou entregar amanhã.
00h00 - 1h30: Depois de terminar minhas coisas, estava me sentindo bem mal e preocupada com a cirurgia que minha mãe vai fazer. Mas não tem o que eu possa fazer no momento além de me distrair, então comecei a escrever esse post e me senti melhor. Agora vou ver se assisto ou jogo alguma coisa até dar sono e logo dormir.
Hoje foi um dia calmo em que eu concluí algumas coisas, mas no final da noite fiquei bastante preocupada com a cirurgia da minha mãe. O bom é que consegui me distrair, tem vezes em que estou angustiada e não consigo fazer o movimento de me tirar daquilo.
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