09/05/18 QUARTA

by - maio 09, 2018


Foto de quando fiz uns cupcakes coloridos anos atrás

Acho que o dia de hoje foi o descanso que eu estava precisando. Pelo menos vou considerá-lo assim.

12h00: Hoje de manhã só ia para a faculdade para me reunir com meu grupo de TCC, mas decidimos nos encontrar amanhã, quinta. Eu tinha planejado acordar lá pelas 9h para fazer coisas da faculdade, mas no fundo do meu coração eu sabia que na real queria dormir até descansar. Acordei perto do meio dia. 

Almocei em casa mesmo, arroz, batata e carne moída. Tava bem bom, na verdade, mas não era exatamente o que eu devia estar comendo. Mas tudo bem, vai dar para perceber mais tarde no meu relato que hoje acabou virando um dia de descanso para essas preocupações também. 

14h00: Levei minha mãe ao centro da cidade porque ela precisava ir ao banco. Depois voltamos direto para casa e eu fiquei dando uma enrolada até a hora da terapia. Ultimamente tenho conseguido dedicar mais tempo à minha mãe sem me estressar.

15h20 - 16h20: Terapia. Eu já sabia que ia chorar hoje porque nos últimos dois dias em que estive me sentindo mal não consegui colocar para fora. Eu tentei falar sobre o sonho que eu tive, mas na hora percebi que não ia conseguir, eu já não estava conseguindo falar sem chorar e estava me sentindo vulnerável demais pra falar sobre ele. Eu cheguei a falar que tive esse sonho, mas depois disse que não queria falar sobre ele naquele momento porque não estava me sentindo bem, que falaria outro dia. A sessão foi boa porque eu pude elaborar o que estava sentindo e trabalhar um pouco as angústias. Falamos sobre medo de rejeição, sobre eu sempre me responsabilizar por tudo e esquecer que sempre tem a parte "do outro", sobre eu ter tido o meu valor reconhecido por várias vezes nos últimos tempos, mas me esquecer disso diante do medo. Eu sentia que não estava conseguindo prestar muita atenção no que minha psicóloga falava na hora e que não ia me apoderar de muito daquilo, tanto que até não consegui escrever um resumo da sessão como sempre faço (ultimamente ando tendo dificuldade de fazer isso), mas agora que parei para escrever o post do blog acabei conseguindo (mais detalhado no celular). 

16h40 - 17h40: Fui ao mercado com minha mãe e eu resolvi que ia matar minha vontade de comer doces sem culpa. Comprei um pastel-de-belém na padaria e um pacote de confetes pra comer depois. Faz literalmente meses que eu venho sonhando em comer confete enquanto assisto um filme, mas da última vez que eu tentei comprar confete, eu peguei um "skittles" que eu não sabia que era bala sabor fruta, mesmo estando escrito "wild blueberry" na embalagem. Talvez isso tenha a ver com eu ter me pesado hoje e ter emagrecido 2kg, mas eu tenho quase certeza que isso tá errado, pois pesei na balança fajuta aqui de casa. 

18h30: Eu tava me sentindo esgotada como sempre me sinto nas vezes em que choro na terapia. Dormi sem culpa até umas 20h. 

20h00 - 22h00: Assisti ao filme Sonhando Acordado (La science des rêves) para o grupo de estudos de psicanálise amanhã. Gostei, achei interessante, tem essa coisa tranquilizadora dos filmes franceses bonitinhos, mas é o tipo de filme que eu teria amado mesmo em, sei lá, 2014. O que achei mais legal foi o detalhe do filme ser "trilíngue", o protagonista é mexicano, mas mora na França, só que ele prefere falar em inglês, pois não domina muito bem o francês. Isso deixou a parte dos trocadilhos do sonho, metonímia e mecanismos de condensação bem mais interessante. 

Nesse meio tempo o Andy voltou a falar comigo!!! Eu tinha deixado ele de castigo no começo de Abril porque ele tava me estressando com uma brincadeira sem graça, daí eu resolvi ficar sem falar com ele por um tempo (porque ele é igual uma criança às vezes e ele sabe disso e___e). Eu liberei ele em 2 semanas, mas daí ele resolveu que ia me deixar de castigo também e já fazia uns 50 dias que a gente não se falava. No fim isso foi bom porque estávamos ambos ocupados. Aí hoje ele precisava muito reclamar pra alguém dos grupos de trabalho da faculdade dele e me chamou. 

Apesar de eu estar passando pela fase em que menos tenho vontade de conversar com outras pessoas que já tive na vida, estava sentindo muita falta de contar as coisas pra ele ou simplesmente da existência dele na minha vida, então estou feliz. Parecia que fazia anos que a gente não se falava, eu mal me lembrava mais como era conversar com ele, foi estranho. 

Em algum momento dentre esses acontecimentos relatados eu comi meu pastel-de-belém e os confetes. 

Hoje foi um dia bom, mas fico especialmente feliz por não estar me sentindo culpada por ele. Amanhã pretendo voltar com minha motivação renovada.



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