Minha mãe com uma peruca rosa que fica melhor nela do que em mim

8h00 - 9h40: Tive uma aula de Psicologia Jurídica sobre rede de apoio para crianças e adolescentes vítimas de violência. Costumo gostar dessa disciplina, apesar de não ter interesse na área jurídica, pois trata de temas sociais e técnicas de prevenção. Só que na aula de hoje eu senti que a turma perdeu um pouco de tempo discutindo questões relativas à sexualidade, perversões & afins. O lado bom é que tem os textos para estudar com calma depois e eles parecem bastante completos.

9h40 - 10h00: Me reuni (sempre tenho aflição quando preciso iniciar frase com "me alguma coisa", mas "reuni-me" ia ficar ridículo aqui) rapidamente com meu grupo de TCC e discutimos sobre o que cada um pesquisou, sobre o que seriam fatores do desenvolvimento e sobre como estruturar a introdução, mas não decidimos nada de novo. Logo tivemos que voltar para a aula. 

10h00 - 11h40: Aula de Psicologia Fenomenológica. Eu não gosto do estilo de aula dessa professora que é basicamente ler o texto e fazer observações enquanto isso. Aproveitei para grifar os pontos importantes no texto e fiz umas anotações sobre o que a professora dizia. Lendo o texto vou aproveitar melhor o conteúdo. 

12h30 - 17h00: Eu e minha mãe fomos almoçar na cidade porque ela precisava pagar uma conta e eu queria comer um dos lanches da copa do McDonald's. Comi o McBrasil e não que tenha sido ruim, eu só realmente não sei porque ainda insisto comer bobagens sendo que o gosto nem compensa tanto assim, e eu acabo me sentindo mal do estômago depois. Passamos numa loja de bijuterias e comprei 2 anéis bonitinhos. Minha mãe encontrou com uma ex-aluna dela.

17h30 - 19h00: Resolvi tirar um cochilo (a intenção era acordar às 18h e eu até acordei), mas acabei indo até as 19h e tive um pesadelo horrível, talvez o pior que eu já tive. 

Sonhei que eu estava trabalhando no hospital psiquiátrico aqui da cidade com umas pacientes que me passavam uma sensação muito ruim (mas até aí tudo bem). Eu estava aplicando nelas a mesma dinâmica  legal que aplicaram na gente no último dia do estágio na exposição. Aí minha ex-psicóloga aparece por lá me dizendo que minha mãe estava desesperada me procurando, mas ignorei porque estava ocupada trabalhando. Depois de um tempo ela aparece de novo me dizendo que minha mãe ainda estava querendo me ver. Aí voltei pra casa e no começo parecia que minha mãe estava cochilando no sofá, mas daí ela começou a falar comigo e contou que tinha tomado uma "garrafada de kiwi" (que no sonho era um veneno) e que já tinha ligado pro Rinaldo (nosso primo) para levar ela pro hospital. Disse que percebeu que tava atrapalhando meu trabalho e resolveu se matar. Aí eu começo a perguntar pra ela por que ela fez isso, pra qual hospital ela quer ir, mas ao mesmo tempo tentando pensar nas coisas certas pra dizer pro caso dela não resistir e pelo menos morrer não se sentindo culpada. No fim das contas ela aparentemente morre/desmaia, eu começo a rezar, tipo "Deus, juro que nunca mais te peço nada, só não deixa minha mãe morrer", daí eu acordo, me sentindo horrivelmente angustiada e culpada. Que sonho AGRADÁVEL, né? 

A interpretação desse sonho pra mim é óbvia. Na realidade, quando ela diz que resolveu se matar para parar de atrapalhar meu trabalho, é nada mais nada menos do que o meu próprio desejo de matar ela simbolicamente pra eu poder viver minha vida independente de adulta. Além da culpa que eu sinto por ter que fazer esse movimento. Até a aparição da minha ex-psicóloga tem um sentido, pois ela sempre tentava fazer uma mediação entre mim e minha mãe, tendo feito até umas sessões com ela. E a garrafada de kiwi eu atribuo à uma foto do meu Instagram que eu tinha visto no dia do sonho. Foi a foto que ilustrou o post do dia 05/05 de uma garrafa de Ice Kiwi que me remete a um desses momentos de independência (foi tirada em um rolê em que acontecerem umas coisas novas). 

Só sei que eu acordei me sentindo bastante mal, fui lá pra sala e fiquei um tempo com ela, mas a sensação durou o resto da noite. 

20h30 - 00h00: Fiz a resenha do filme Doze Homens e Uma Sentença (é para a semana que vem, mas já quis adiantar, pois assisti ao filme ontem). Eu tentei já deixar impresso, além de imprimir e preencher a ficha de atividades que tenho que entregar, mas meu computador se recusou a 1. ler meu pendrive e a 2. abrir o e-mail. Como já estava tarde, deixei pra lá e resolvi imprimir na faculdade. 

00h30 - 02h00: Eu não estava com o menor sono por causa do cochilo exagerado e do pesadelo, então fiquei enrolando, comi banana com canela e um pão de queijo (a intenção era não jantar, pois tinha exagerado no almoço, mas né) e assisti a um episódio daquele anime das meninas que vão pra Antártica (isso melhorou um pouco meu humor). 

Hoje não foi um dia ruim, eu até adiantei um trabalho, mas fui prejudicada por um cochilo. Novamente eu poderia ter terminado o trabalho mais cedo e feito mais alguma coisa. O que estragou mesmo a noite foi o pesadelo, mas depois de analisar seus significados me senti bem melhor em relação a ele. Pretendo falar sobre ele na quarta, na terapia.